
Olá, o meu nome é Elisabete Ramos Fernandes. Sou cientista na área da Nanomedicina no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, mais conhecido pela sua sigla: INL. No INL faço parte da equipa de nanodispositivos que desenha e desenvolve tecnologias à escala nano para áreas emergentes, como é o caso da biomedicina. Neste grupo a minha investigação é relacionada com o diagnóstico precoce das doenças, ou seja, para que assim seja possível tratar mais facilmente os pacientes e salvar vidas. O que me levou ao encontro da ciência foi a minha curiosidade e o sonho de poder contribuir para um mundo melhor. Sou apaixonada pela vida e adoro explorar os mistérios inerentes à mesma. Hoje, trabalho num ambiente multidisciplinar onde se misturam os vários saberes e isso é muito fascinante. Gosto de humanizar tudo o que faço e por isso gosto de alguma forma perceber e mostrar como tudo está ligado: natureza, humanidade, tecnologia, arte… somos todos e tudo parte de algo muito grande e a ciência é fundamental para compreender estas ligações. No INL também sou responsável por uma missão de voluntariado, que tem o nome Missão NERD e que tem como objetivo usar a ciência como ferramenta para trabalhar valores sociais da nossa sociedade e da qual me orgulho muito.
Respondendo às questões: qual é a minha cor favorita? Bem, difícil de escolher só uma, mas o castanho é sem dúvida uma das minhas cores favoritas. Se eu associo esta cor com a ciência? Sim. Acho que, de certa forma, o castanho está muito presente na natureza e por isso ligada, sem dúvida, à ciência.
Em relação às próximas questões: Qual é o meu cientista e invenção favorita da história? O meu cientista favorito da história é Galileu, pela sua ousadia e persistência em questionar ideias já formuladas. Ele estabeleceu duas bases muito importantes no método científico: observação e experimentação. Quanto às invenções, bem, existem muitas invenções das quais sou fã, mas as invenções de Leonardo da Vinci são aquelas que admiro mais, pela criatividade e a visão futurista que Da Vinci tinha. As máquinas voadoras e a invenção do guardanapo confesso que são as minhas favoritas.
Como é que eu definiria brevemente os termos de Nanotecnologia e Nanociência para leigos? A Nanotecnologia é a ciência que estuda a manipulação da matéria à escala nano, com tamanhos entre 1 e 100 nanómetros, ou seja, à escala mesmo muito, muito pequenina. Só para terem uma ideia da dimensão que estamos a falar, 1 nanómetro equivale a 1 milionésimo de milímetro, ou seja, impossível de ver a olho nu tal dimensão. Os cientistas que trabalham nesta área precisam de equipamento e ferramentas especializadas para manipular e medir a matéria a esta escala, pois as simples réguas que nós conhecemos são enormes e impossíveis de utilizar na escala nano. A área da nanotecnologia é muito importante, por exemplo, para desenvolver novos medicamentos e sobretudo para desenvolver novas tecnologias que melhorem a nossa qualidade de vida.
Respondendo à próxima questão: como imagino a ciência e a tecnologia em 10 anos e, na minha opinião, qual seria a grande invenção da próxima década? Acho que nos próximos 10 anos vamos assistir a um avanço tecnológico em várias áreas, em especial na medicina. Eu acredito que vamos estar mais perto de fazer diagnósticos mais precoces e mais rápidos na área do cancro, vamos poder-nos deslocar, por exemplo, de casa para o trabalho num carro que não precisa de condutor e acredito que as descobertas sobre a mente humana vão ser surpreendentes.
Em relação à última questão, quais são as principais razões para um jovem se tornar cientista? Bem, penso que a curiosidade é uma das razões centrais, mas também a vontade de contribuir para um mundo melhor e, acima de tudo, a vontade de aprender são fundamentais porque um cientista está em constante aprendizagem.
Hello, my name is Elisabete Ramos Fernandes, and I’m a scientist in the Nanomedicine field at the International Iberian Nanotechnology Laboratory, better known as INL, its acronym. At INL, I work in the nanodevices team, which designs and develops nano-scale technologies for the biomedicine field and other pop-up areas. In this group, my investigation relates to the early diagnosis of diseases, to make it easier to treat patients and save lives. What led me to meet science was my curiosity and the dream of being able to contribute to a better world. I have a passion for life, and I love to explore the mysteries inherent in it. Currently, I work in a multidisciplinary environment, where there is a mix of various knowledge, which is very fascinating. I like to humanize everything that I do and somehow to understand and show how everything is connected: nature, humanity, technology, art… Everything and everybody is part of something big, and science is fundamental to understand these connections. At INL I am also responsible for a volunteer mission, which has the name Mission NERD and which aims to use science as a tool to work on social values of our society and of which I am very proud.
Answering the questions: what is my favourite colour? Well, it’s hard to pick just one, but brown is definitely one of my favourites. Whether do I associate this colour with science? Yes, I do. I think that somehow brown is widely present in nature and therefore connected to science, without a doubt.
Regarding the following questions: Who is my favourite scientist and what is invention in history? My favourite scientist in history is Galileo because of his boldness and persistence in questioning ideas already formulated. He established two important bases of the scientific method: observation and experimentation. About the inventions, there are several which I am a fan of, but the Leonardo da Vinci inventions are the ones I admire more, for the creativity and futuristic vision he had. I confess that the flying machines and the napkin inventions are my favourites.
How would I briefly define the terms Nanotechnology and Nanoscience for laypeople? Nanotechnology is the science that studies the manipulation of matter on the nanoscale, with sizes between 1 and 100 nanometres, namely on a little, tiny scale. For you to better understand the dimensions we’re talking about, 1 nanometre is equivalent to 1 millionth of a millimetre, which is a dimension impossible to see with the naked eye. Scientists working in nanotechnology need specialised equipment and tools to manipulate and measure matter at this scale because the simple ruler that we know is big and impossible to use on the nanoscale. Nanotechnology is very important, for example, in developing new medicines and, above all, in developing new technologies that improve our quality of life.
Answering the next question: how do I imagine science and technology in 10 years, and what would the great invention of the next decade be? I think we will see a technological breakthrough in several areas over the next 10 years, especially in the field of medicine. I believe that we will be closer to making earlier and faster diagnoses in the field of cancer. We will be able to travel, for example, from home to work in a car that will not need a driver, and I believe that the discoveries about the human mind will be surprising.
Answering the last question: what are the main reasons for a young person to become a scientist? Well, I think curiosity is one of the main reasons, but also the will to contribute to a better world, and especially the will to learn are crucial because scientists are in constant learning.
Hola, me llamo Elisabete Ramos Fernandes. Soy científica en el ámbito de la Nanomedicina en el International Iberian Nanotechnology Laboratory, más conocido por ILN, su sigla. En el INL formo parte del equipo de nanodispositivos que diseña y desarrolla tecnologías a escala nano para campos emergentes como la biomedicina. En este grupo, mi investigación está relacionada con el diagnóstico precoz de enfermedades, es decir, para que sea más fácil tratar a los pacientes y salvar vidas. Lo que me llevó al encuentro de la ciencia fue mi curiosidad y el sueño de poder contribuir a un mundo mejor. Tengo una pasión por la vida y me encanta explorar los misterios inherentes a ella. Hoy trabajo en un entorno multidisciplinario en el que se mezclan varios saberes y eso es muy fascinante. Me gusta humanizar todo lo que hago y es por eso que me gusta de alguna manera entender y mostrar cómo todo está conectado: naturaleza, humanidad, tecnología, arte… Somos todos y todo parte de algo muy grande y la ciencia es fundamental para entender estas conexiones. En el INL soy también responsable por una misión de voluntariado llamada Missão NERD y cuyo objetivo es utilizar la ciencia como herramienta para trabajar valores sociales de nuestra sociedad, de la cual estoy muy orgullosa.
Respondiendo a las preguntas: ¿Cuál es mi color favorito? Bueno, es difícil elegir solo uno, pero el marrón es sin duda uno de mis colores favoritos. ¿Si asocio este color a la ciencia? Sí. Creo que, de alguna manera, el marrón está muy presente en la naturaleza y, por lo tanto, sin duda, está relacionado con la ciencia.
En relación con las siguientes preguntas: ¿Cuál es mi científico e invento favorito de la historia? Mi científico favorito de la historia es Galileo, por su osadía y persistencia en cuestionar ideas ya formuladas. Él ha establecido dos bases muy importantes en el método científico: la observación y la experimentación. Sobre las invenciones, existen muchas que me gustan, pero las de Leonardo da Vinci son las que admiro más por la creatividad y visión futurista que Da Vinci tenía. Admito que las máquinas voladoras y la invención de la servilleta son mis favoritas.
¿Cómo definiría brevemente los términos de Nanotecnología y Nanociencia para personas laicas? La Nanotecnología es la ciencia que estudia la manipulación de la materia a escala nano, de tamaños entre 1 y 100 nanómetros, es decir, a escala muy, muy pequeña. Solo para darles una cifra de la dimensión de la que estamos hablando, un nanómetro equivale a una millonésima parte de milímetro, es decir, imposible de ver a simple vista esa dimensión. Los científicos que trabajan en este ámbito necesitan equipos y herramientas especializados para manipular y medir la materia a esta escala, porque las reglas sencillas que conocemos son enormes e imposibles de utilizar en la escala nano. El ámbito de la nanotecnología es muy importante, por ejemplo, para desarrollar nuevos medicamentos y, sobre todo, para crear nuevas tecnologías que mejoren nuestra calidad de vida.
Contestando a la siguiente pregunta: ¿Cómo puedo imaginar la ciencia y la tecnología en diez años y, en mi opinión, ¿cuál sería el gran invento de la próxima década? Creo que durante los próximos 10 años asistiremos a un avance tecnológico en varias áreas, especialmente en la medicina. Creo que vamos a estar más cerca de hacer diagnósticos más precoces y rápidos en el campo del cáncer; vamos a poder trasladarnos, por ejemplo, de casa al trabajo en un coche que no necesita conductor y creo que los descubrimientos sobre la mente humana van a ser sorprendentes.
Ahora sobre la última pregunta, ¿Cuáles son las razones principales para que un joven se convierta en científico? Bueno, creo que la curiosidad es una de las principales razones, pero también el deseo de contribuir a un mundo mejor y sobre todo el deseo de aprender son fundamentales, ya que un científico está en constante aprendizaje.