Emília Nadal ao lado da obra Slogan’s
Emília Nadal, artista nascida em Lisboa em 1938, notabilizou-se como uma das artistas mais destacadas da sua geração. Licenciou-se em Pintura na Escola de Belas Artes de Lisboa em 1960, depois de ter estudado na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Em 1974, com Maria Gabriel e Ilda Reis, fez também formação na Cooperativa Gravura. Tem vindo a trabalhar não só a pintura e gravura, mas também o desenho e a cenografia. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em 1977, altura em que desenvolveu obras como Embalagens para Conteúdos Imaginários e Liofilizados (1976-1979), Skop (1979) ou Mulher-Ideal (1977), nos quais funde uma linguagem Pop com uma problematização ideológica mais vasta no contexto do pós-revolução.
No seu vasto percurso destaca-se ainda a organização da exposição Artistas Portuguesas, que decorreu na Sociedade de Belas Artes de Lisboa em 1977, verdadeiro evento multidisciplinar dedicado à criação no feminino, com curadoria conjunta com a artista Clara Menéres e a crítica de arte Sílvia Chicó.
Em 1979 participa no programa Obrigatório Não Ver, de Ana Hatherly, que foi transmitido na RTP2 entre 1978 e 1979 com a performance Episódios.
A sua obra integra várias colecções, nomeadamente a Colecção Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Colecção da Secretaria de Estado da Cultura (em depósito na Fundação de Serralves), a Colecção Berardo e a Colecção CGD, entre outras.
Emília Nadal é actualmente presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa.
No dia 29 de Maio de 2020, conversámos com a artista no seu atelier do Estoril sobre a sua vida e obra.
Bibliografia:
Azevedo, F. d. (1978). Emília Nadal. In G. e. G. Zen (Ed.). Lisboa e Porto: Galera 111 e Galeria Zen.
Castéras, C. d. (1979). Feminie dialogue. Arquivo de Emília Nadal, Paris.
Chicó, S. (1977). Artistas Portuguesas. In SNBA (Ed.). Lisboa: SNBA.
Chicó, S., & Nadal, E. (1986). Sonho e vida em gestos de mulher. In I. F. Português (Ed.). Lisboa: MDM.
França, J.-A. (1977a). Emília Nadal. «Algumas propostas para a embalagem de conteúdos naturais e liofilizados». In M. N. S. d. R. C. d. A. Contemporânea (Ed.). Porto: MNSR/CAC.
França, J.-A. (1977b). Warhol, Nadal e Cª. Diário de Lisboa.
Gastão, A. M., Pontes Leça, C. d., Domingues, F. B., França, J.-A., Blanco, J., Braga da Cruz, M., Centeno, Y. (2011). Emília Nadal. Pintura de Memórias. Lamego: Edições Cão Menor
Hatherly, A. (2009). Obrigatório não Ver. Lisboa: Quimera.
Lamoni, G. (2020). Algarve, entre Minho e Alentejo. Consultado em https://gulbenkian.pt/museu/novas-leituras/algarve-entre-minho-e-ribatejo/
Oliveira, M. (2016). Portuguese Women Artists at the National Society of Fine Arts (1977): why was this not a feminist exhibition? In A. Jabukowska & K. Deepwell (Eds.), All-Women Art Spaces in Europe in the long 1970s. Liverpool University Press.
Raquel Henriques da Silva, A. R., Ana Filipa Candeias. (2007). 50 Years of Portuguese Art. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Emília Nadal ao lado da obra Skop
Slogan´s
Slogan´s cookies
TEA TIME Slogan´s Performance – Eating Slogan´s cookies Galeria Espaço Branco – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra Inauguração da Exposição “Projectos e Objectos” 1981 – Calling for tea
TEA TIME Slogan´s Performance – Eating Slogan´s cookies Galeria Espaço Branco – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra Inauguração da Exposição “Projectos e Objectos” 1981 – Eating Slogan´s cookies
Imagens: Cortesia de Emília Nadal