A Rama Plataforma apresenta, com muita alegria, a palestra O LIVRO DE ARTISTA COMO ARQUIVO FEMINISTA, com Edma de Góis e Márcia Oliveira.
A crítica de arte Griselda Pollock afirma que “um museu feminista não é um repositório de items identificáveis e expostos como algo ‘feminista’ (…) Não é uma perspectiva para colecionar coisas feitas por ‘mulheres’. É uma prática de trabalho, um laboratório crítico e teórico que intervém e negocia as condições de produção e, claro, o fracasso da ‘diferença sexual’ enquanto eixo crucial dos significados, do poder, da subjectividade e da mudança”.
Inspiradas no pensamento de Pollock, nesse encontro internacional entre Brasil e Portugal, possibilitado pelo modo remoto, Edma de Góis e Márcia Oliveira vão olhar para o livro de artista como um arquivo feminista, também compreendido como uma prática de arquivo da poética e da política da intimidade. Cecilia Vicuña, Louise Bourgeois e Lourdes Castro são algumas das artistas evocadas durante essa conversa que parte das artes, mas que nos instiga a pensar também sobre outros campos de produção de mulheres artistas.
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Edma de Góis é jornalista e doutora em Literatura e Práticas Sociais pela Universidade de Brasília (UnB), com estágio na Universidade do Minho (Portugal) junto ao Grupo de Investigação em Género, Artes & Estudos Pós-coloniais (GAPS). Em sua pesquisa de pós-doc atual, estuda narrativas brasileiras contemporâneas e estratégias de leitura, a partir de categorias como livro de artista e curadoria. É professora colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
Márcia Oliveira é pós-doutoranda em Estudos Artísticos/História da Arte no Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho. É pesquisadora do grupo em Género, Artes; Estudos Pós-Coloniais e integra o projeto de investigação Mulheres, artes e ditadura: os casos de Portugal, Brasil e países africanos de língua portuguesa (2018-2021). Foi visiting scholar na Rutgers University, EUA (2016). Mestre em Estética pela Universidade Nova de Lisboa, concluiu o doutorado na UMinho em 2013 com tese sobre arte e feminismo em Portugal no contexto pós-revolução.
Quando?
Sábado, 25 de setembro
das 10h às 12h
Essa conversa não tem como pré-requisito qualquer formação específica – é voltada para todos aqueles que se interessem pelo tema.
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